25/07/2024
CURIOSIDADES

RITO BRASILEIRO – UMA “BREVE” HISTÓRIA

TEXTO ESCRITO POR:

M∴I∴ David Nascimento – CIM: 299382
Or∴ de São Paulo, 9 de Fevereiro de 2017 da E∴V∴
(Atualizado em 23 de Março de 2020 da E∴V∴)

Publicado no site: https://laurosodre.org/rito-brasileiro-uma-breve-historia/

 

A primeira vez que apresentei o presente estudo foi na saudosa A∴R∴L∴S∴ Lótus Branco nº 4191, no dia 9 de fevereiro de 2017, ainda conhecendo muito pouco do que podemos aprender com a Sublime Ordem, com a fraternidade maçônica e com o Rito Brasileiro (RB). De lá para cá, muita coisa mudou, sobretudo para os IIr∴ do Grande Oriente de São Paulo (GOSP), aos quais o Supremo Conclave Autônomo Para o Rito Brasileiro (SCARB) abriu as portas. Claro, mediante a b∴ correta. No entanto, na essência, me parece que os preceitos incutidos nos IIr∴ e Oficinas do Rito continuam os mesmos, talvez mais genuínos do que nunca. Agora, sabendo que o universo do RB é ainda maior do que imaginávamos.

Infelizmente, nos entremeios da independência do GOSP e da fundação do Grande Oriente do Brasil – São Paulo (GOB-SP), a A∴R∴L∴S∴ Lótus Branco nº 4191 abateu colunas. A maior parte de seus obreiros, todavia, fez questão de seguir no Rito Brasileiro, parte filiando-se à A∴R∴L∴S∴ Caetano Nacarato nº 3812, que migrou-se para a nova delegacia do Grande Oriente do Brasil (GOB), e parte filiando-se nesta A∴R∴L∴S∴ Lauro Sodré nº 4498, que apesar de seus três anos recém completados, já mostrou muita personalidade e potencial maçônicos. Nesse contexto de mudanças, agora como obreiro da Lauro Sodré, nome que conforme veremos adiante tem contribuição fundamental ao RB, me interessei em revisitar o teor destas páginas, o que instigou vontade e necessidade de incluir algumas novas informações sobre a história desse Rito.

Consoante escrevi na época, o escopo do trabalho em mãos, apesar de intitular-se “Rito Brasileiro”, não é o de esgotar as informações e histórias sobre o tema, até porque para isso seria necessário redigir mais do que um livro, uma tentativa pretensiosa para um jovem maçom. A ideia, pensei, é responder ao que eu gostaria de saber sobre o Rito Brasileiro, em uma breve leitura, se estivesse conhecendo esse cosmo que se chama Maçonaria agora ou, ainda, se eu fosse de outro Rito e quisesse ser apresentado a um guia conciso – direto aos pontos cruciais. As peculiaridades vistas em nossas sessões, a diferente circulação, entre tantas coisas, já aprendemos desde cedo em Loja, principalmente com o espírito curioso de um A∴M∴. Basta ir às reuniões e ler o Ritual do 1º Grau: Aprendiz-Maçom do Rito Brasileiro (2009). Por isso, a proposta aqui é a de planar sobre a história e os propósitos que o RB apresenta. Ao que não está necessariamente no Ritual.

É oportuno citar, que devido ao relativo curto enredo e limites geográficos, a facilidade e quantidade de publicações e informações plausíveis sobre o Rito Brasileiro não são tão facilmente encontradas como seria no caso da mesma pesquisa para o Rito Escocês Antigo e Aceito (REAA), por exemplo, o que torna a pesquisa ainda mais atrativa, tendo em vista que dá a sensação ao pesquisador de que um grupo mais seleto de IIr∴ teve acesso a tais informações. Essa impressão só é reforçada hoje, com os desdobramentos do novo Tratado de Amizade do GOSP.

Recentemente, em dezembro de 2018, o Ir∴ Glauber Soares lançou o livro Memórias do Rito Brasileiro (2018), uma publicação autoral, após intensa pesquisa em documentos oficiais do GOB e do Supremo Conclave do Brasil Para o Rito Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e Aceitos (Supremo Conclave). Um dos objetivos do autor foi o de ajudar, com o valor arrecadado na venda da obra, na construção do Templo do Complexo Maçônico Filadélfia de Vitória da Conquista, na Bahia, feito para o RB.

Na época da produção deste trabalho, porém, a principal publicação acerca do tema era O Rito Brasileiro (1999), do Ir∴ Carlos Simões, talvez ainda a maior referência na história do Rito. Claro, acrescentam-se importantes documentos históricos acessados por meio da bibliografia e de sites institucionais e oficiais como dos Supremos Conclaves. E, com isso, talvez seja possível fazer uma breve viagem por este, conforme supramencionado, universo que é o Rito Brasileiro.

Sendo assim, ao que interessa…

RITO BRASILEIRO

  1. RITO

Antes de falar do Rito Brasileiro (RB), vamos ao significado da palavra rito. Dentre as mais interessantes definições presentes no Dicionário Michaelis (2019) estão duas: “1. Conjunto de cerimônias e regras a serem observadas na prática de qualquer religião, seita, etc.” ou, para nós, ainda mais conclusiva, “4. Conjunto das cerimônias e das regras cerimoniais de cada sistema maçônico.”

Para nos aproximarmos do significado que buscamos dentro da Sublime Ordem, inclusive de forma mais abrangente, podemos recorrer ao Ir∴ Joaquim Gervásio de Figueiredo, autor do Dicionário de maçonaria: seus mistérios, ritos, filosofia, história (1998), onde explicou:

Na Maçonaria, que conta com algumas dezenas de Ritos, se entende como tal o conjunto de regras segundo as quais se praticam as cerimônias e se comunicam os graus, sinais, toques, palavras e todas as demais instruções secretas daí decorrentes.  Igual nome toma o conjunto de cerimônias e instruções primitivas de cada sistema, como também o governo dos altos corpos dirigentes da Maçonaria em cada país. Os Ritos, independentes e autônomos entre si, são dirigidos cada qual por um Corpo Superior, comumente constituído por certo número de Deputados eleitos por todas as Lojas que o adotam. Estes Corpos, intitulados Grandes Orientes, Supremos Conselhos, Grandes Colégios, Consistórios, etc., assumem o poder supremo, tanto no concernente ao dogma e legislação, como no referente a administração e justiça.

(FIGUEIREDO, 1998, p.391)

No caso do Rito Brasileiro, o primeiro corpo superior foi o Supremo Conclave do Brasil Para o Rito Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e Aceitos (Supremo Conclave)[1], cujo Tratado Maçônico de Rerratificação de Reconhecimento, Amizade e Aliança com o Grande Oriente do Brasil (GOB) foi aprovado pela Soberana Assembleia Federal Legislativa (SAFL) em sessão do dia 19 de junho de 2010[2]. No mesmo mês de 1968, o Grão-Mestre da época, Álvaro Palmeira, foi o responsável por celebrar o primeiro Tratado de Amizade e Aliança ratificado pelo legislativo maçônico em julho daquele ano.

2 A HISTÓRIA

2.1 Princípio em Portugal

Em ordem cronológica é outro personagem que aparece primeiro quando falamos da história do Rito Brasileiro. Um Cavaleiro Rosa-Cruz, pseudônimo de Miguel Antônio Dias, lança em Lisboa, Portugal, a clássica obra Instrução Completa do Franco-Maçon, publicada também com o nome de Biblioteca Maçônica, em 1834. No prólogo, o autor cria uma digressão em que pede aos Orientes de Portugal e do Brasil a criação de um rito novo e independente, com os altos graus misteriosos diferentes e nacionais.

Na época, o texto serviu para criar uma discussão acerca da criação do rito. A principal negativa era quanto a possibilidade de um rito nacional conflitar com o caráter universal da Maçonaria presente. Porém, o estudioso do Rito José Robson Gouveia Freire (200-) entende “que o autor não propunha quebrar o Landmark da Universalidade Doutrinária da Tradição Maçônica; ele o afirma nos três graus simbólicos, que seriam comuns a todos os Ritos, porém os Altos Graus ‘seriam formulados sob a influência do meio histórico e geográfico da Pátria em que se vive, sob índole, inspiração e pendores’”.

2.2 Primeira experiência no Brasil

Curiosamente, a primeira experiência com algo de contornos semelhantes ao Rito Brasileiro por aqui parte de uma proposta não maçônica, mas de ideais católicos. Em O Rito Brasileiro, Carlos Simões (1999, p.248) apresenta um anexo de 1974 do Supremo Conclave do Brasil que resume tal tentativa em um parágrafo:

Em 1878 surgiu, pela primeira vez, manifestação desse anseio, em Pernambuco. Entre os papéis deixados pelo Imperador D. Pedro II, e reunidos em dois códices, pela Biblioteca Nacional, encontram-se a sua Constituição e a ‘Caderneta Nominal dos Sócios’ (Quadro de Obreiros), com 838 nomes. Foi instituidor do Rito o negociante José Firmo Xavier, dando-lhe o designativo de “Maçonaria do Especial Rito Brasileiro”, sob a proteção do Imperador e do Papa. O Rito não Prosperou, apesar de muitos pontos positivos: era irregular, contendo preceitos negativos, entre eles a só admissão de brasileiros natos.

(SIMÕES, 1999, p. 248)

O que o documento ausenta, todavia o próprio Supremo Conclave destaca em seu site, é que o surgimento desse rito profano surge em um contexto de desentendimentos entre Igreja Católica e Maçonaria que já durava mais de um século na Europa e que no Brasil, desde a metade do século XIX, ganharia corpo após esforços do Estado para caminhar em uma direção mais laica, em consonância com o pensamento maçônico, mesmo que não diretamente orientado pela Sublime Ordem.

André Muniz (2016, p. 76) detalha bem o funcionamento dessa sociedade em Curso Elementar de Maçonologia, definindo o objetivo de sua criação da seguinte forma:

[…] o negociante José Firmino Xavier criou uma sociedade secreta semelhante à Maçonaria […] Tal sociedade tinha por finalidade defender a religião católica, sustentar a Monarquia Brasileira, praticar caridade, desenvolver as ciências, as letras, as artes, a indústria, o comércio, a agricultura e contribuir para a extinção da escravidão.

(MUNIZ, 2016, p. 76)

Muniz (2016, p. 77) explica que as lojas, chamadas de casas, tinham um quadro de oficiais com 33 membros nomeados com algumas paridades às nossas oficinas, como é visível no caso do Venerável, Orador, Secretário, Guarda do Templo, com algumas adaptações claramente religiosas, como no caso dos Guardas da Cruz. Sem apoio suficiente, a Ordem de José Firmino Xavier se extinguiu ainda no fim do século XIX e as experiências com o Rito Brasileiro só ocorreriam após Lauro Sodré, no século seguinte.

2.3 Lauro Sodré: o início oficial

Lauro Sodré, em retrato de 1900

O general paraense Lauro Sodré e Silva, primeiro governador de seu estado, eleito em 1891 e em 1916, além de quatro vezes senador, teve destacado papel na política brasileira, participando da campanha abolicionista e sendo forte opositor do golpe militar liderado pelo marechal Deodoro da Fonseca. No Grande Oriente do Brasil, assumiu o cargo de Grão-Mestre Geral pela primeira vez em 21 de junho de 1904, reeleito em 1907, 1910, 1913 e 1916, onde também teve atuação determinante.

Para o presente trabalho, porém, a contribuição mais importante de Lauro Sodré foi ser o criador e principal fundador do Rito Brasileiro como Potência Regular, Legal e Legítima, mesmo que suas inspirações, que podem ir do clima nacionalista de parte da sociedade com que convivia na época ao próprio texto de Miguel Antônio Dias, ainda sejam incertas para a maçonologia.

Na prática, o decreto pioneiro no GOB é o de nº 500, de 23 de dezembro de 1914, ano oficial da fundação do Rito Brasileiro, conforme Muniz publicou em seu livro:

Lauro Sodré, Grão Mestre da Ordem Maçônica no Brasil; Faz saber a todos os maçons e oficinas da Federação, para que cumpram e façam cumprir, que em Sessão efetuada no dia 21 de dezembro deste ano, o Ilustríssimo Cons∴ Ger∴ da Ord∴ aprovou o reconhecimento e incorporação do Rito Brasileiro entre os que compõem o Grande Oriente do Brasil, com os mesmo ônus e direitos, regido liturgicamente por sua constituição particular, respeitando o dispositivo do art. 34º do Reg∴ Ger∴, ficando autorizada a funcionar a sua Grande Loja, intermediária das relações entre Irmãos do Rito e entre Poderes Maçônicos de que trata o art. 4º do Reg∴ Ger∴, o que é promulgado no presente decreto.

(MUNIZ, 2016, p. 80)

De acordo com o Supremo Conclave do Brasil, “foi o passo decisivo, o marco imperecível. Seguem-se dois outros Decretos consolidando o Rito, baixados pelo Almirante Veríssimo José da Costa, quando no Grão-Mestrado, substituindo Lauro Sodré” (SIMÕES, 1998, p.248). Os citados documentos são o decreto de nº 536, com aval da Soberana Assembleia em 1916, e de nº 554, apreciado no dia 13 de junho de 1917.

Esse último incorporou ao patrimônio da legislação do GOB a Constituição do Rito Brasileiro, incluindo sua declaração de princípios, estatutos, regulamentos, rituais e institutos. O livro Curso Elementar de Maçonologia (MUNIZ, 2006, p.81) conta que a primeira Constituição do Rito foi impressa em 1919, com relatoria de Octaviano Bastos, outro imprescindível personagem dessa história. Na época, já eram três graus simbólicos obrigatórios dentro dos 33 Graus adotados.

Só em 1940, no entanto, foi criado o ato para a constituição do núcleo que seria o Supremo Conclave (BRASIL, Ato nº 1617), além de o documento que designava uma comissão para sua regularização (BRASIL, Ato nº 1636), ambos baixados pelo grão-mestrado. Foi na mesma década que o Ir∴ Octaviano Menezes Bastos seria presidente da então Comissão Instaladora do Conclave dos Servidores da Pátria do Rito Brasileiro e participaria, assim como outros IIr∴, de importantes movimentos dentro e fora dos Poderes Maçônicos até a consolidação, de fato, do Rito.

2.4 Primeiras lojas e algumas dificuldades

O caminho do Rito Brasileiro não foi fácil até chegar à estrutura e solidez que existe hoje em nossas Col∴.  Logo após os decretos da década de 1910, muitos maçons ainda acusavam o Rito de “irregular”. Dentre os agravantes que dificultavam a vida das lojas que o adotaram e insuflavam a desconfiança de muitos IIr∴, estavam a falta de uma Oficina-Chefe e a não existência dos rituais.

A primeira loja do Rito foi fundada na Província de Pernambuco, embora nenhuma das obras da bibliografia estudada tenha definido em que ano e sob qual nome. O Supremo Conclave afirma que “em 1921, houve uma tentativa em São Paulo, para a implantação efetiva do Rito e depois outra em Guanabara, em 1940, ambas úteis e proveitosas, sem atingir, todavia, a fecundação desejada” (SIMÕES, 1999, 249). Além da Loja Ypiranga, primeira da capital paulista, sobretudo nas décadas de 1940 e 1950, foram surgindo oficinas do Brasileiro espalhadas pelo país, mas, invariavelmente, ou abatiam colunas ou trocavam de rito pelo ambiente e dificuldades supracitados.

Mesmo assim, um alicerce vai sendo criado. É ainda nesse período esfumaçado que começam os esforços para a produção dos rituais, conforme destaca Muniz (2016, p.81). Em 1940, Octávio Menezes Bastos redigiu e imprimiu o ritual de A∴M∴, assim como Álvaro Palmeira fez com o ritual do Grau de C∴M∴, chegando a redigir, também, o ritual do Grau de M∴M∴. É ele que, posteriormente, seria considerado o grande responsável pela consolidação do Rito Brasileiro, mas tal feito só se resolveria na década de 1960, conforme veremos.

2.5 Álvaro Palmeira: Rito em prática

Retrato de Álvaro Palmeira

Álvaro Palmeira, médico e docente, foi eleito Grão-Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil em 1963. Com história particular notável dentro da Ordem, da qual é necessário um trabalho a parte, ocupou todos os cargos dentro da Maçonaria e exerceu mais de 70 anos de atividade maçônica desde sua iniciação em 1920, na Loja Fraternidade Española.

Dentre as realizações do Grão-Mestre citadas por Freire (200-, p.12), estão a restauração das finanças, intensificação das relações maçônicas com o mundo, reorganização e reabertura da Biblioteca Maçônica, aumento do patrimônio do GOB, proteção do Palácio Maçônico do Lavradio de ser demolido, a instalação do Grande Oriente da Bahia (1964), do Grande Oriente do Maranhão (1966) e do Conselho de Veneráveis do Distrito Federal, a criação da mútua maçônica, entre outras.

Apesar de participar da caminhada do Rito desde antes do fim da primeira metade do século XX, inclusive redigindo alguns dos rituais, conforme dito antes, apenas quando Grão-Mestre que Álvaro Palmeira conseguiu dar os maiores passos para a consolidação do que praticamos hoje. O livro O Rito Brasileiro nos expõe:

A implantação definitiva e vitoriosa, aere perennius, só ocorreu em 1968, quando o Irmão Álvaro Palmeira […] baixou o decreto nº 2.080, de 19 de março daquele ano, nomeando uma comissão de 15 membros, com amplos poderes de revisão e reestruturação do que fora feito até ali, a fim de por o Rito “rigorosamente acorde às exigências maçônicas da Regularidade internacional”, conferindo-lhe “âmbito universal, separando o Simbolismo dos Graus Filosóficos e constituindo-o em real veículo de renovação da Ordem, conciliando Tradição com Evolução.

(SIMÕES, 1999, p. 249)

Esse decreto é o responsável por reforçar, atualizar e tornar realidade os atos lá de 1940, que já buscavam a criação do Supremo Conclave. Na comissão criada por ele, Álvaro Palmeira se designou assessor, “orientando seus trabalhos, inclusive na redação da nova Constituição do Rito, aprovada em 25 de abril de 1968” (MUNIZ, 2016, p.85).

Foi ele que “moldou o Rito, na área doutrinária e intelectual e na esfera do conhecimento. Em 1968, […] deu estrutura ao Rito e escreveu todos os nossos rituais Simbólicos e Filosóficos, exceto o do Grau 33, cujo Rito próprio foi aprovado pelo Supremo Conclave, em 1999, escrito de autoria do Ir∴ Carlos Simões” (2016, p.?). Muniz concluiu que “para a existência do Rito Brasileiro pode-se dizer que há um período antes de Álvaro Palmeira e um período depois de Álvaro Palmeira” (2016, p.84).

2.6 Supremo Conclave Autônomo Para o Rito Brasileiro

É necessário fazer uma breve digressão para entender este capítulo da história do Rito Brasileiro. No dia 4 de agosto de 1973, foi fundado o Colégio de Presidentes da Maçonaria Brasileira, como resposta a desfiliação de dez Grandes Orientes Estaduais do GOB, aos quais, em resumo, os membros manifestavam descontentamento com pressões e acossamento contra maçons que não apoiassem candidaturas orientadas pelo Soberano Grão-Mestre à época, embora os detalhes de tais ruídos fujam ao escopo do presente trabalho.

Por convocação do Grão-Mestre de Minas Gerais, Athos Vieira de Andrade, reuniram-se em Belo Horizonte/MG os Presidentes Danylo José Fernandes, do Grande Oriente de São Paulo; Osmar Maria Diógenes, do Grande Oriente do Ceará; Salatiel de Vasconcelos Silva, do Grande Oriente do Rio Grande do Norte; Celso Clarimundo da Fonseca, do Grande Oriente do Distrito Federal; Nilson Constantino, do Grande Oriente do Mato Grosso; Enoch Vieira dos Santos, do Grande Oriente do Paraná; Miguel Christakis, do Grande Oriente de Santa Catarina; Luiz Alberto de Alcântara Velho Barreto, do Grande Oriente de Pernambuco; Afonso Augusto de Morais, do Grande Oriente do Maranhão; e Ivan Neiva Neves, do Grande Oriente do Espírito Santo; resultando, dessa reunião, a fundação do Colégio de Presidentes da Maçonaria Brasileira (COMAB, 20-?).

Esse colegiado, que evoluiria posteriormente para a Confederação Maçônica do Brasil (COMAB), regulamentou os Grandes Orientes Estaduais dissidentes por duas regras principais, conforme exposto no sítio da COMAB: cada Grande Oriente Estadual seria autônomo, independente e soberano, reconhecendo os demais como legítimos, com a adoção da Constituição e Regulamento Geral Específico; e o Colégio de Presidentes já seria uma instituição confederada, constituída para manter a integridade dos Grandes Orientes, unidos por interesses comuns e que brotaria dentro das vias culturais emergentes, mantida a essencialidade da Maçonaria. O Grande Oriente Paulista (GOP), Potência Maçônica Simbólica fundada em 4 de agosto de 1981, é um dos Grandes Orientes Independentes filiados à COMAB.

No dia 10 de fevereiro de 1974 da E∴V∴, a partir de a dissidência do GOB, que atingiu as Lojas filosóficas, sobretudo do RB, foi fundado o Supremo Conclave Autônomo Para o Rito Brasileiro (SCARB) ao Clima de Cataguases. Participaram da fundação a Liga Maçônica Monte das Oliveiras, do Or∴ de Oliveira; a Loja Maçônica Austeridade e Justiça, do Or∴ de Sete Lagoas; a Loja Maçônica Labor e Civismo, Or∴ de Cataguases; e a Loja Maçônica Estrela do Oeste de Minas; do Or∴ de Divinópolis.

Álvaro Palmeira e Lysis Brandão da Rocha (Imagem da internet)

São fundadores do SCARB os Irmãos Lysis Brandão da Rocha, Carlos Estanislau Garcia Esteves, Telmo Assis Amand, Rosenwald Hudson de Oliveira, Élvio Heleno de Azevedo, Paulo Pessoa de Sousa, Onofre de Castro Neves, Francisco Raimundo de Sousa; todos Gr∴ 33. Os três primeiros foram eleitos pelo grupo para a comissão de providências da instalação definitiva do Supremo Conclave.

Apesar de o corpo superior ter sido criado para atender à necessidade das Lojas de Minas Gerais, conforme é possível perceber, desde a ata de fundação foi decidido que poderiam ser feitos tratados de amizade com outros Grandes Orientes Estaduais. Dito isso, conseguimos avançar 45 anos, em episódio com consideráveis semelhanças ao da década de 1970, chagando à história recente. Com a independência do Grande Oriente de São Paulo, aprovada e decretada no dia 15 de setembro de 2018, o Rito Brasileiro ganhou um novo rumo na instituição maçônica mais antiga do estado de São Paulo, fundada em 29 de julho de 1921.

No dia 7 de novembro de 2018, na Aug∴ Resp∴ Ben∴ Gr∴ Benf∴ Cent∴ Loj∴ Simb∴ América nº 189 (Loja América), durante sessão magna de celebração aos 150 anos da Oficina que já teve em seu quadro obreiros como Luis Gama, Ruy Barbosa, Joaquim Nabuco e Francisco Rangel Pestana, o então Sereníssimo Grão-Mestre do GOSP, Irmão Kamel Aref Saab, e o Soberano Grande Primaz do Supremo Conclave Autônomo Para o Rito Brasileiro, Irmão José Wanderley Barcelos Garcia, assinaram um Tratado de Amizade entre as duas Potências.

Poucos meses antes, conforme relata o Grande Secretário-Adjunto de Orientação Ritualística do Grande Oriente de São Paulo, Pod∴ Ir∴ Paulo Maximiliano, o Supremo Conclave do Brasil praticamente fechou as portas para as lojas do RB filiadas ao GOSP[3]. “Então nós entramos em contato com o SCARB. Eu já tinha ouvido falar desse Supremo Conclave, mas não o conhecia”, conta ele. Segundo o Grande Secretário, o SCARB “faz a hierarquia dos Graus 4 ao 33 e o seu conteúdo é aquele criado por Álvaro Palmeira, mantendo o mesmo ideal de progresso e prosperidade do Rito Brasileiro.”

Sede do SCARB em Cataguases/MG (Imagem da internet)

O Ir∴ Maximiliano lembrou, ainda, que na primeira visita à Cataguases, em Minas Gerais, no fim de 2018, a comitiva[4] teve uma reunião com o Soberano Grande Primaz, onde puderam conhecer a estrutura e organização do SCARB. “Além de sério, é muito organizado e transparente em todas as suas ações. E ainda tem um custo muito mais leve que o Supremo Conclave do Rio de Janeiro. Eles tem um Palácio muito bacana. Existe até uma gráfica lá. Há a participação das cunhadas numa oficina que eles mantem e fazem as atividades beneficentes. Tudo isso nos encantou muito. Eu posso assegurar que nós estamos muito melhor acolhidos e estruturados com o SCARB.”

3 O RITO HOJE E SEUS OBJETIVOS

3.1 Dados atuais

As Oficinas Simbólicas do Rito Brasileiro são as Lojas subordinadas ao comando do GOSP, do GOB ou de GG∴OO∴ filiados à COMAB, compondo-se pelos Três Graus Simbólicos.  As Oficinas Litúrgicas compreendem as Oficinas Filosóficas e recebem a orientação do Supremo Conclave do Brasil ou do SCARB, no caso do GOSP e da COMAB. O primeiro tem sede na Rua do Lavradio, Centro do Rio de Janeiro, capital; e o segundo na Rua Ofélia Rezende, no bairro de Menezes, em Cataguases, Minas Gerais.

Hoje, filiadas ao GOB, são 406 lojas do Rito espalhadas pelo país e uma no Paraguai, todas registradas pela Potência, que estima mais de 4.000 IIr∴ filiados[5]. Nela, a maior autoridade, atualmente, é o Soberano Grande Primaz Nei Inocêncio dos Santos, no cargo desde o fim dos anos 1980, aonde chegou com o apoio de Álvaro Palmeira.

Segundo Carlos Simões (1999, p.65), Nei acreditou em uma missão de apóstolo do Rito. Percorreu os diversos estados do país, sobretudo na Bahia, onde havia muitos praticantes, para tirar dúvidas, ajudar a solucionar problemas, e estar próximo das lojas que o adotavam. A saudosa A∴R∴L∴S∴ Lótus Branco pôde comprovar tal presença no dia 30 de junho de 2016, durante sessão magna de instalação e posse do então V∴M∴, Ir∴ Gilvécio Paulo Arruda.

Algo semelhante aconteceu, por mais de 19 anos, entre as décadas de 1970 e 1990, com o então Soberano Grande Primaz do Supremo Conclave Autônomo Para o Rito Brasileiro, Irmão Lysis Brandão da Rocha, levando o nome do RB “a todos os recantos deste imenso Brasil” (SCARB, 20–?, p.3). Mais recentemente, o atual Soberano Grande Primaz José Wanderley Barcelos Garcia, em especial após o Tratado de Amizade com o GOSP, tem percorrido o estado de São Paulo e participado, com outros SSob∴ IIr∴, de muitas sessões magnas do RB. No dia 30 de março de 2019, um dos mais marcantes exemplos, quando foi Instalado o Excelso Alto Colégio Assad Mogames, no Templo da Loja América.

Na data, mais de 40 IIr∴ foram reconhecidos como Servidores da Ordem e da Pátria no Grau 33 do Supremo Conclave de Cataguases, incluindo o V∴M∴ da A∴R∴L∴S Lauro Sodré nº 4498, Luiz Rene Bilhero, e seu Ven∴Ir∴Dep∴, Claudio Auricchio Turi. O Sob∴ Grande Primaz José Wanderley e os SSob∴ IIr∴ Gilmar Belloti de Souza, Geraldo José Ferreira e Gilmar Vecchi Simões participaram em comitiva da sessão.

O GOSP conta, na capital paulista, com quatro Lojas Simbólicas do RB, incluindo a A∴R∴B∴G∴B∴C∴L∴S∴ América nº 189, a mais antiga oficina do país a praticar o Rito, na região do Paraíso, zona sul da cidade; seguida pela A∴R∴L∴S Acácia Amarela nº 4217, da Mooca, zona leste; A∴R∴L∴S Lauro Sodré nº 4498, da Barra Funda, zona oeste; e pela mais nova A∴R∴L∴S Cidade Paulistana nº 7037, também do Paraíso.

No total, a Potência registra hoje 22 Oficinas filiadas que praticam o Rito Brasileiro.

3.2 Objetivo – O Guardião do Civismo

A grande diferença salientada por Carlos Simões (1999, p.64), delineada intensamente por Álvaro Palmeira, entre o Rito Brasileiro e os demais ritos, é que apesar do compromisso com a tradição, existe a aceitação das mudanças e avanços que ocorrem com o passar dos tempos, algo visível, inclusive, na redação dos rituais.  A prática da Maçonaria com a sociedade passa a ter inigualável importância, e Carlos Simões explica:

O Rito Brasileiro, ao adotar o fundamento de Tradição e Evolução, definiu exatamente o que pretende: Maçonaria fincada nos princípios tradicionais aceitos, nas leis que estabelecem a ordem universal, e na verdade científica de que tudo evolui, modifica-se e se transforma. Heráclito de Éfeso foi incompreendido, quando afirmou isso; Darwin, também. Lavoisier e Chardin reconheceram a mutação permanente, cujas linhas fundamentais Álvaro Palmeira, como Grão-Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil, adotou no delineamento do projeto do Rito Brasileiro.

(SIMÕES, 1999, P.63)

Tendo isso em mente, então quais são as preocupações, práticas e avanços que o maçom do Rito Brasileiro deve buscar? O Supremo Conclave conclui:

Álvaro Palmeira propôs a Maçonaria Social, que remete a maçonaria Universal, a Quarta Fase, ao Quarto Período, ao Quaternário. É a Maçonaria dinâmica, participativa, ecológica, preocupada com a sorte da Humanidade. É o Renascimento maçônico, no que a Ordem possui de mais belo e profundo: o Conhecimento e a Fraternidade – esta é a missão destinada ao Rito Brasileiro […]

(FREIRE, 200-?, p.15)

Entendendo que uma das principais preocupações do Rito é com a ação, chegamos a uma das formas de fazê-la: a responsabilidade com o nacionalismo.  Para mudar o macro, começamos organizando a parte de dentro de nossos muros. André Muniz ressalta que “a história do Rito Brasileiro está permeada de ideais que enfatizam que ‘a Maçonaria é universal, mas o Maçom tem uma Pátria.” E ainda completa afirmando que “a filosofia do Rito Brasileiro está, justamente, na preservação dos valores, da cultura e das particularidades do Franco-Maçom brasileiro” (2016, p.85). Tudo, atendendo as peculiaridades sócio-geográficas que influenciam tais irmãos. Nessa linha, o Ritual do 1º Grau: Aprendiz-Maçom do Rito Brasileiro (2009) nos diz:

Um dos ideais do Rito Brasileiro é fazer com que os Maçons sirvam ativamente à Humanidade, através da Pátria onde nascemos ou onde nos acolhem. Em cada país onde se pratique o Rito, o Pavilhão da Pátria será objeto de veneração, com procedência sobre o Estandarte da Ordem. Assim, no Brasil, o Rito Brasileiro recordará os grandes nomes da história nacional, que foram por igual grandes maçons. Na Sala dos Passos Perdidos devem estar presentes as efígies desses eminentes brasileiros […] No Átrio, em sua parede principal. O escudo brasileiro.

(BRASIL, 2009, p.46)

Com todas essas preocupações, é importante citar que o Rito Brasileiro acabou ganhando o apelido de guardião do civismo. Recorrendo novamente a Carlos Simões, o Ir∴ entende que o civismo não se resume a decorar hinos, vestir cores nacionais, saber comportar-se em formalidades ou reconhecer símbolos pátrios, conforme a palavra nacionalismo nos induz a pensar. “O cerne do sentimento cívico, sua alma e o que realmente importa no seu conceito, excede a todas as manifestações de referência à Pátria: é o senso de dever do Cidadão; a consciência de Cidadania” (SIMÕES, 1999, p.50).

Para ele, “civismo consiste em atitude ativa, consciente e construtiva do cidadão no seio da comunidade” (1999, p.51), concluindo que no cumprimento de seus deveres, este maçom induzirá seus concidadãos a iguais procedimentos. Uma das principais consequências, ainda segundo Simões, é o compromisso com o Estado Democrático de Direito. Em complemento de raciocínio do próprio autor do presente trabalho, vamos vendo que o Rito Brasileiro, na verdade, organiza de forma mais planejada uma maneira de agir em nossas redondezas, por fim atingindo os objetivos da própria Maçonaria em um sentido mais amplo.

A Constituição do Rito no Brasil e do Estatuto do Supremo Conclave, promulgada através do Decreto nº 195 de agosto de 2008, em seu 2º capítulo, define muito bem alguns campos de ação para a obtenção desses resultados, conforme segue:

  • Art. 2º – Dedica-se o Rito Brasileiro ao aperfeiçoamento dos Maçons, conciliando a Tradição com a Evolução, o Nacional com o Universal e Razão com a Fé. Na consecução desse desiderato, adota como atividades:
  • I – o cultivo da Filosofia, da Liturgia, da Simbologia, da História e da Legislação Maçônicas;
  • II – A Filantropia, em especial, na proteção à infância, na educação da juventude, e no amparo à velhice;
  • III – o incentivo e a prática do civismo em cada país;
  • IV – o estudo de todos os grandes problemas nacionais e internacionais com implicação no futuro da Pátria e da Humanidade, tendo como referências:

a) a prevalência dos direitos humanos;
b) a autodeterminação dos povos;
c) a igualdade dos Estados;
d) a justiça na distribuição dos fatores de produção e das riquezas;
e) a solidariedade humana;
f) ausência de preconceitos em qualquer modalidade;
g) o estado de direito democrático.

  • V – O respeito à Natureza, decorrente da convicção de que, para preservar o Mistério da Vida, o homem deve promover medidas capazes de manter a harmonia ambiental.

O Art. 2º não deixa dúvidas sobre os fundamentos da atuação do maçom do Rito Brasileiro no dia a dia. Aparentemente, não existe forma melhor de entender os objetivos do Rito do que somar as atividades presentes na Constituição, a preocupação com a prática, com o social e com o nacionalismo, estando todos interligados, sem deixar para trás os princípios maçônicos universais.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Sobre o trabalho em si, fazendo-o, percebi que para entender a história do Rito, foi preciso conhecer um pouco mais de algumas figuras indispensáveis: Miguel Antônio Dias, Firmo Xavier, Octaviano Bastos, Nei Inocêncio, Lysis Brandão da Rocha, José Wanderley Barcellos Garcia e, principalmente, Lauro Sodré e Álvaro Palmeira, que encabeçam dois subtítulos no índice. Todos têm biografias, inclusive profanas, que foram muito interessantes de serem pesquisadas, embora não coubesse detalhá-las aqui.

Por fim, conclui-se que a principal lição, próximo da linha de todos os estudiosos da bibliografia, é a de que a Maçonaria, apesar do caráter universal, se preza a defender o nacionalismo. Principalmente em nosso Rito. Não estamos falando de um nacionalismo doentio e exacerbado e ao mesmo tempo pobre visto no fascismo italiano ou no nazismo, mas de um nacionalismo que valoriza sua história, cultura, hábitos, sem deixar de respeitar e entender o valor das outras culturas e, principalmente, de ter um olhar para o próximo. Um nacionalismo onde o estrangeiro não é tido como vilão e a alteridade é parâmetro para as relações sociais. Da mesma forma que maçons definiram avanços de países como EUA e Inglaterra, devemos buscar isso aqui, a exemplo do que diz o próprio Ir∴ Simões.

No mais, devido as características tão natas do nosso país, seria inevitável ver que o caráter social e a dedicação para um futuro melhor, sem perder as tradições, seriam as bases primordiais do comportamento no Rito Brasileiro.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL, Grande Oriente do. Ritual do 1º Grau: Aprendiz-Maçom do Rito Brasileiro. São Paulo: Grande Oriente do Brasil, 2009.

COMAB. Confederação Maçônica do Brasil. História da COMAB. 20–?. Disponível em <https://comab.org.br/institucional/historia>. Acesso em: 23 mar. 2020.

D’ELIA JUNIOR, Raymundo. Maçonaria: 100 introduções de aprendiz. São Paulo: Madras, 2015.

DOURADO, Cesar Roberto. História do Rito Brasileiro. 20–. Disponível em <http://www.ritobrasileirogob.com.br/historia/>. Acesso em: 23 mar. 2020.

FIGUEIREDO, Joaquim Gervásio de. Dicionário de maçonaria: seus mistérios, ritos, filosofia, história. São Paulo: Pensamento, 1998.

FREIRE, José Robson Gouveia. A história do Rito Brasileiro. 200-?. Disponível em <https://www.masonic.com.br/rito/RBnoDF.pdf>. Acesso em: 23 mar. 2020.

GOP. Grande Oriente Paulista. Nossa história. 2—. Disponível em < https://gopsp.org.br/institucional/nossa-historia>. Acesso em: 23 mar. 2020.

LOJA AMÉRICA. Breve História da Loja “América”. 20–. Disponível em <https://america.mvu.com.br/site/historia-da-loja-america/CRgNaOeNcAI-3/atr.aspx>. Acesso em: 23 mar. 2020.

MICHAELIS. Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa Michaelis. São Paulo: Melhoramentos, 2019. Disponível em <https://michaelis.uol.com.br>. Acesso em: 23 out. 2019.

MUNIZ, André Otavio Assis. Curso Elementar de Maçonologia. São Paulo: Richard Veiga, 2016.

ROSA-CRUZ, Um Cavaleiro [Miguel Antônio Dias]. Instrução Completa do Franco-Maçon. Lisboa: [s.n.], 1834.

SCARB. Supremo Conclave Autônomo do Rito Brasileiro. Como e porque surgiu o Supremo Conclave Autônomo do Rito Brasileiro ao Clima de Cataguases (Conclave dos Servidores da Ordem e da Pátria). 20–?. Disponível em <http://www.supremoconclave.com.br/novo/images/2019/Breve_Historia.pdf>. Acesso em: 23 mar. 2020.

SIMÕES, Carlos. O Rito Brasileiro. São Paulo: A Gazeta Maçônica, 1999.


[1] O Supremo Conclave é o primeiro corpo superior do RB. Porém, conforme é detalhado no subtítulo 2.6 Supremo Conclave Autônomo Para o Rito Brasileiro, adicionado nesta revisão, existe mais um corpo superior. Este, responsável pelo Tratado de Amizade com as GGr∴LLoj∴ da COMAB e com o GOSP.

[2] O atual Orador da A∴R∴L∴S∴ Lauro Sodré nº 4498, Il∴ Ir∴ Wanderley Carlos do Nascimento, esteve presente na sessão da SAFL desse dia, como deputado federal da A∴R∴L∴S∴ Francisco das Chagas Barros nº 2558.

[3] Informações cedidas em breve entrevista pelo Pod∴ Ir∴ Paulo Maximiliano no dia 27/11/2019.

[4] Mais precisamente em 20/10/2018, a comitiva teve a participação dos Ill∴ IIr∴ Alexandre Hussni (estão secretário de Orientação Ritualística do GOSP), Paulo Maximiliano – Gr∴ 33 R∴B∴, Wagner Odri – Gr∴ 33 R∴B∴, Mauro Tippi – Gr∴ 33 R∴B∴ – e Newton Anielo Paulilo – Gr∴ 33 R∴B∴, os quatro últimos da Loja América.

[5] Os números desse parágrafo foram levantados no mês de janeiro de 2017, após ligação telefônica ao Supremo Conclave do Brasil. Na ocasião, para a surpresa do pesquisador, o próprio Sob∴ Grande Primaz Nei Inocência dos Santos passou os dados.

 

FONTE SITE: https://laurosodre.org/rito-brasileiro-uma-breve-historia/

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